Matéria Técnica – Engenharia e a Inteligência Artificial

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Curso disponível na AEAT explora o cenário global e mostra como isso impacta a atividade profissional

Por Fabrício Oliveira – MTB 57.421/SP

A inteligência artificial (IA) tem se consolidado como protagonista em transformações profundas no setor público no Brasil e no mundo, impactando áreas tão diversas quanto educação, saúde, segurança, mobilidade urbana e gestão de serviços. Um artigo recente do CREA-SP destaca como conectividade, governança e mudança cultural são essenciais para que o poder público consiga utilizar plenamente o potencial da IA. 

A IA já “está em praticamente tudo no nosso dia a dia”, afirma Breno Machado, gerente sênior de produto da Huawei, durante palestra no Colégio de Inspetores 2025. No Brasil, esse cenário se depara com desafios estruturais: ainda há regiões com baixa conectividade, poucas iniciativas consolidadas de governança de dados, e uma cultura institucional que precisa se adaptar para incorporar processos automatizados.

Para a Engenharia, essas transformações representam tanto desafios quanto oportunidades singulares. Os engenheiros e técnicos têm papel fundamental: projetar, implantar e gerir os sistemas de infraestrutura digital, redes de comunicação, centros de dados, etc. Assim como a automação e algoritmos que viabilizam aplicações de IA. A intersecção entre IA e Engenharia exige não apenas conhecimento tecnológico, mas ética, responsabilidade profissional, domínio normativo e compromisso com impactos sociais.

Nesse contexto, o presidente da AEAT, Engenheiro Antônio Carlos, comenta: “A engenharia deve estar na vanguarda dessa transformação. Não basta acompanhar: precisamos conceber sistemas que respeitem a privacidade, a segurança, a confiabilidade e o bem público.” Ele acrescenta que “quem compreender esse novo paradigma — IA, dados, algoritmos — terá espaço crescente no mercado, seja no setor público ou privado; mas é preciso investir em formação contínua, em atualização técnica e em uma postura proativa de adaptação cultural”.

Outro aspecto destacado no CREA-SP é que tecnologias de IA no setor público não substituirão o trabalho humano, mas tendem a deixar de fora quem não se adequar. Como disse Breno Machado, “‘a tecnologia não vai acabar com o nosso emprego, mas vai deixar de fora quem não aproveitar essa onda’”. Portanto, para engenheiros e profissionais afins, o momento exige reflexão sobre quais competências serão valorizadas: capacidade de lidar com grandes volumes de dados, conhecimento em aprendizado de máquina, segurança da informação, interoperabilidade e integração de sistemas, além de soft skills ligadas à gestão de mudanças, ética e sustentabilidade.

Observa-se também que em casos brasileiros, há iniciativas de IA em saúde (diagnóstico, sequenciamento genético), em educação (plataformas híbridas, transcrição automática de aulas, identificação de padrões) e em segurança pública (monitoramento com câmeras, detecção de padrões no trânsito, apoio às investigações) que demonstram o quanto a Engenharia se torna peça-chave para viabilizar tudo isso. 

Para os associados da AEAT, cabe a oportunidade de se posicionar nesse novo mercado: dominar ferramentas, participar de projetos públicos ou privados que incluam IA, colaborar com políticas de governança de dados, aderir a boas práticas de segurança, e até influenciar legislações ou regulamentos que garantam uso responsável da IA.

Nesse sentido, convidamos todos os engenheiros, arquitetos e profissionais associados a aproveitarem uma excelente oportunidade de qualificação: o curso “IA e a Engenharia: da Comunicação ao Mercado de Trabalho”, que está com inscrições abertas e gratuitas no site da AEAT – aeat.com.br. Esse curso permitirá ampliar competências, entender como comunicar projetos com IA, como inseri-los no mercado de trabalho, e como atuar eticamente nesse cenário de rápida evolução. O curso será presencial, na sede da AEAT, no dia 21 de outubro de 2025, das 19h às 22h.

O Eng. Antônio Carlos reforça: “Participar desse tipo de curso não é opcional para quem atua com Engenharia hoje — é um diferencial estratégico que vai definir quem estará preparado para os novos desafios.” Unidos, AEAT e seus associados podem impulsionar uma Engenharia mais inteligente, ética e integrada com as demandas contemporâneas.




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